“Chegamos aos 100 dias da gestão do governo Bolsonaro sem nada para comemorar. No Ministério da Educação não discutimos programas, estratégias, ações, políticas públicas ou metas para melhorar a educação brasileira. De concreto, tivemos a demissão do Ministro Ricardo Vélez Rodriguez e a nomeação de Abraham Weintraub para a pasta, feita pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro”, afirma o deputado Idilvan Alencar (PDT-CE).
Segundo o parlamentar, as notícias do período foram, exclusivamente, sobre disputas ideológicas, falta de gestão, irregularidades cometidas pelo ex-ministro e políticas sem qualquer conexão com as urgências da educação no País. Nada sobre projetos de formação e qualificação de professores, das ações necessárias para a implantação da Base Nacional em Estados e Municípios, de apoio aos programas de ensino integral, de construção de creches.
Idilvan assinala que, depois da batalha da aprovação no Enem e em vestibulares, alunos enfrentam dificuldades para conseguir a aprovação do Financiamento Estudantil (Fies). “Milhares vivem um drama no país, perdendo começo das aulas, correndo risco de perderem as vagas por não terem condições de arcar com os custos das mensalidades”, exemplifica.
Para o deputado, enquanto Bolsonaro e Velez se preocupavam com assuntos alheios à educação dos jovens brasileiros, como filmagem de alunos cantando o Hino Nacional, factoide de uma possível lava jato da educação, sem qualquer fato apontado pelo ex-ministro, esqueciam uma das principais funções da pasta: a verdadeira educação.
Outro problema, continua o deputado, foi a falta de diálogo com professores, secretários municipais e estaduais, alunos, entidades da sociedade civil que estudam e trabalham na área. Para ele, tudo com a omissão, complacência ou anuência do Presidente da República.
O deputado julga como irresponsável, a tentativa de mudar o conteúdo dos livros de didáticos, alterando de forma grosseria a história do nosso país, em favor de uma ditadura que matou, que exilou, que prendeu e que amordaçou a democracia. “Uma iniciativa ilegal, que, segundo ele, agride o PNLD e que desrespeita princípios fundamentais e seculares da educação”.
Por fim, analisando esses 100 dias de desgoverno no Ministério da Educação, o deputado, com sua experiência e como representante da educação brasileira na Câmara, espera que cessem as disputas inúteis e que a educação volte a ser a prioridade. Para isso, segundo ele, é importante retomar o diálogo, o aprimoramento de políticas públicas de reconhecido êxito na área e ter o Plano Nacional de Educação como bússola do MEC. “A educação brasileira não tem quatro anos a perder como já perdeu nos últimos 100 dias”, conclui Idilvan.
Ascom Lid./PDT com assessoria do deputado