A Frente Parlamentar da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional se reuniu, nesta terça-feira (19/09), com parlamentares e representantes de entidades do setor elétrico brasileiro, para discutir a recente decisão do Governo de privatizar a Eletrobras.
O deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), presidente da Frente, ressaltou o importante trabalho do colegiado diante das transformações que o Palácio do Planalto quer implementar no Brasil com as concessões, terceirizações e a venda do “tesouro nacional“, o que, segundo ele, é uma problemática que lesa a nação.
Lessa elogiou, ainda, as diversas frentes que estão sendo instaladas no Estados brasileiros para agregar informações sobre a engenharia, no sentido de colaborar com os parlamentares e o Congresso Nacional sobre a valorização profissional da categoria.” A mobilização precisa ser de fora para dentro, ganhar corpo, sensibilizar o parlamento, e ter o envolvimento da sociedade nesse debate,”declarou o deputado.
O também pedetista pelo Estado do Ceará, Leônidas Cristino, enfatizou ser contrário ao movimento de privatização sem que haja um plano elaborado, que revele onde serão aplicados os recursos arrecadados com a operação. Segundo ele, o Governo não se preocupou em consultar a sociedade, os trabalhadores e os movimentos que defendem a Eletrobras, Eletronorte e a Casa da Moeda do Brasil.
Para Leônidas, o projeto de privatização vai levar o Brasil, literalmente, “água abaixo pelo ralo”. “Tudo o que nós construímos, o Dnocs, entre outros, com a ajuda da engenharia estão sendo entregues ao capital estrangeiro a olho nu. É a nossa soberania nacional cedidas a outras nações.”
Ainda segundo o parlamentar, vai ocorrer com o sistema elétrico o mesmo que aconteceu com o ferroviário brasileiro. Ele convocou o parlamento a trabalhar em conjunto, porque, afirma o deputado, “a engenharia não está unida e é preciso parar as ações entreguistas do governo.”
O deputado Patrus Ananias (PT-MG), Presidente da Frente Parlamentar Mista pela Soberania Nacional, reafirmou o compromisso de trabalhar contra as privatizações previstas pelo Planalto. “Não somos estatizantes, mas a livre iniciativa deve estar adequada com sistemas integrados com as políticas sociais. A impressão é que estamos vivendo a operação desmonte da soberania nacional”, observou.
Participaram também do encontro os deputados Assis Melo (PCdoB-RS) e Rafael Motta (PSB-RN).
Ascom Lid./PDT