O presidente da Subcomissão Especial que acompanha e analisa as ações do Governo Federal para proteção das comunidades da terra Indígena Yanomami, deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), avaliou como positivo o encontro promovido por ele nesta terça-feira, 27, na Câmara dos Deputados, que discutiu a crise humanitária que os povos indígenas Yanomami e Ye’kuana enfrentam.
Dorinaldo disse que o objetivo do debate foi justamente fazer um balanço das ações do governo Lula no território. Ele atribui as causas da crise humanitária dos Yanomami ao desmonte de políticas públicas e o incentivo ao garimpo ilegal durante o governo passado.
“Nós temos clareza que as causas principais que estão sendo relacionadas a essa crise têm a ver com destruição da assistência à saúde indígena, à invasão de garimpeiros, causando impactos sanitários e ambientais”, disse Malafaia, ressaltando que o garimpo contamina a água, destrói o habitat e aumenta a circulação de doenças como gripe, pneumonia e malária.
“Aqui tem uma reversão de quadro do que foi encontrado em 2023, tem um balanço positivo”, acrescentou. Ele informou que vai encaminhar os dados à comissão externa da Câmara que também acompanha a crise humanitária dos indígenas Yanomami e que, segundo ele, até agora não ouviu os órgãos oficiais do governo brasileiro sobre a questão.
O diretor da Casa de Governo em Roraima, Nilton Tubino, disse que a abertura de garimpos novos na Terra Indígena Yanomami diminuiu quase 92% desde 2022. Além disso, houve redução de 66% no garimpo ativo neste ano nesse território: em março, o garimpo estava ativo em 4.570 hectares e, em agosto, em apenas 1.557 hectares.
Já o Secretário de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba afirmou que, no início do governo Lula, havia sete estabelecimentos de saúde indígena fechados nas terras Yanomami. Isso deixava mais de 5.200 indígenas sem acesso a serviços de saúde, e causava um desabastecimento generalizado de medicamentos e déficit de profissionais.
Entre as iniciativas tomadas pelo governo, ele citou a reabertura desses estabelecimentos e o aumento da força de trabalho nos territórios.
De acordo com Dorinaldo, a contribuição dos participantes foi importante e para a elaboração de um relatório que resultará em estudos para implementar políticas públicas para melhoria das comunidades indígenas.
Ascom Lid./PDT com Ag. Câmara