O líder da Minoria, deputado Weverton Rocha (PDT-MA), afirmou que a primeira tarefa de sua gestão frente à liderança é manter a unidade para combater a pauta do governo Michel Temer, que “visa retirar direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro”.
Para o líder, mesmo com um ano legislativo mais curto, afetado pelo calendário eleitoral, a oposição tem que estar atenta aos movimentos do governo. “É um ano curto, mas perigoso”, disse.
Entre as prioridades da Minoria estão o combate à privatização da Eletrobras (PL 9463/18) e a reforma da Previdência. “A gente sabe que por questão estratégica o governo apenas recuou, mas ela está aí, a qualquer momento ela pode vir para o Plenário”, afirmou.
Leia abaixo a entrevista concedida pelo novo líder à Agência Câmara.
Deputado, quais são as prioridades da bancada?
Primeiro, manter a unidade. Nós vivemos um momento difícil do Brasil. Vamos dar continuidade a ações de combate ao governo Temer. Nós estamos vigilantes para pautas difíceis, como a questão das privatizações no caso da Eletrobras, a [reforma da] Previdência, que a gente sabe que por questão estratégica o governo apenas recuou, mas ela está aí, a qualquer momento ela pode vir para o Plenário. Então, precisamos estar atentos para que dentro do Plenário não deixemos passar matérias que retirem direitos do nosso trabalhador.
Quais são as expectativas em relação à pauta deste ano?
Nós estamos num ano eleitoral. É um ano curto, mas perigoso, porque claro que vão ter vários movimentos, como o da intervenção da segurança pública no Rio de Janeiro, que tentam de alguma maneira passar para a sociedade, ou para a grande maioria, que o governo agora está preocupado com o povo, que está preocupado em resolver os problemas. Então, a gente vai estar muito atento às pautas, porque sabemos que enquanto eles estão trabalhando, estão com certeza tramando para tirar algum direito do trabalhador.
E em relação à pauta econômica, como a Minoria vai lidar com ela este ano?
Nós temos uma pauta difícil. Doze milhões de desempregados, juros absurdos – hoje a classe trabalhadora não aguenta mais pagar quase 300% ao ano de juros do cartão de crédito. A política econômica do governo taxa o trabalhador. Quem está sendo chamado para pagar esse déficit [público] é justamente o menor, que paga mais imposto. Para você ter uma ideia, os seis homens mais ricos do Brasil possuem fortuna maior do que a metade do nosso povo brasileiro. Nós sabemos que a equipe comandada pelo [Henrique] Meirelles não olha para o social. É uma equipe que todo tempo quer dar satisfação para o mercado internacional. Por isso, precisamos estar vigilantes. A questão da economia vai ter que ser discutida de forma muito mais profunda.
Ascom Lid./PDT com Ag. Câmara