Em entrevista concedida, nesta quinta-feira (14/12), no Salão Verde, o Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a leitura do relatório da Reforma da Presidência vai ocorrer hoje (14); debate, 5 de fevereiro; e a votação do primeiro turno da matéria no dia 19 de fevereiro de 2018.
Para o líder da bancada do PDT na Câmara, deputado Weverton Rocha (PDT-MA), esta é uma vitória da oposição e dos trabalhadores.
Este cronograma havia sido dito, nesta quarta-feira (13), pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e foi prontamente negado pela cúpula do governo. Na ocasião, Weverton Rocha avaliou: “na verdade o governo está percebendo que não tem os votos necessários para votar a reforma da Previdência, está praticamente jogando a toalha”
Como se trata de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma da Previdência precisaria do voto de 308 dos 513 deputados federais para ser aprovada. O governo não conseguiu até o momento reunir esse apoio.
“Vamos manter essa mobilização em 2018”, afirmou Weverton. Ele considera que a reforma enviada pelo governo prejudica muito o trabalhador. “Por essa proposta, é preciso uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres se aposentarem, mas mesmo que cheguem a essa idade e tenham contribuído por 15 anos, só receberão 60% do benefício. Para aposentadoria integral são necessários 40 anos de contribuição, uma meta impossível de ser alcançada para a grande maioria dos brasileiros”, criticou.
A oposição defende que o governo equilibre as contas primeiro, cobrando os grandes devedores, que juntos acumulam uma dívida de R$ 427 bilhões, e reveja as isenções e renúncias fiscais de R$ 57 bilhões. “Esses valores, juntos, são maiores que a economia pretendida com a reforma”, explica o líder.
“O grande déficit que existe hoje é o político, é a necessidade de tirar um governo que não tem compromisso com os trabalhadores e com as bases sociais”, disse Weverton.
Ascom Lid./PDT com assessoria do deputado