Os vice-presidentes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE), Padre João (PT-MG) e Camilo Capiberibe (PSB-AP), protocolaram, nesta-terça (19), na Organização das Nações Unidas (ONU), denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades do governo.
No documento, os deputados relatam 23 fatos cometidos por Bolsonaro ou por autoridades do governo que reiteram o endosso ao regime de exceção, como a participação do presidente “em atos que pedem a intervenção militar, fechamento do Congresso e da Suprema Corte e a adoção de medidas como cassação de direitos políticos”.
A petição também relata “um grupo chamado ‘300 do Brasil’ tem se organizado pregando táticas de guerrilha para ‘exterminar a esquerda’ e ‘tomar o poder para o povo’”. Alguns integrantes, armados, permanecem acampados há dias na Esplanada dos Ministérios.
“A adesão de Bolsonaro, de algumas das principais figuras do governo e de parte de seus apoiadores à ditadura e ao autoritarismo não é esporádica. Não se trata de fatos isolados; ao contrário, é um modo de pensar e de agir consistente e reiterado”, diz a carta. “Alertamos que há uma tentativa de implantar um governo ditatorial no Brasil”, acrescenta.
No documento foi enviado para Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Agnes Callamard, Relatora Especial para execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, e Fabián Salvioli, Relator Especial para a Promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Recorrência, os parlamentares também pedem que as instituições internacionais tomem medidas, dentro de sua competência, que possam auxiliar o Brasil.
Ascom Lid./PDT com assessoria do deputado