Seminário proposto por Professora Goreth vai debater custos na logística de políticas públicas desenvolvidas na Amazônia

Seminário proposto por Professora Goreth vai debater custos na logística de políticas públicas desenvolvidas na Amazônia

A Coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Amazônia, deputada Professora Goreth (PDT-AP), vai debater com especialistas nesta terça-feira (7), na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional o chamado “fator amazônico”, termo utilizado para se referir aos custos adicionais de logística e transporte que empresas e governos precisam arcar para realizar ações na região amazônica.

A parlamentar considera o debate uma ferramenta para discutir a equidade dos investimentos públicos, ou seja, uma distribuição “justa e equitativa” de recursos segundo as características das diferentes regiões do Brasil.

“Os investimentos devem ser distribuídos de forma proporcional às necessidades e potencialidades de cada região ou setor, levando em consideração as características geográficas, socioeconômicas e culturais de cada localidade, o que ainda não é uma realidade no Brasil”, disse a deputada.

“A equidade de investimentos é importante para garantir que todas as regiões e setores tenham condições igualitárias de competir e se desenvolver, contribuindo para a redução das disparidades econômicas e sociais e para a promoção de um desenvolvimento mais sustentável e integrado”, acrescentou.

Como exemplo das peculiaridades da Amazônia, a deputada cita a alimentação escolar oferecida nas regiões ribeirinhas, que chega de balsa, barco ou pequenos aviões. “A distribuição da merenda escolar envolve planejamento de logística e movimenta um número significativo de pessoas. Ademais, alguns problemas importantes dificultam essa dinâmica, como os portos de difícil acesso e os lugares de vazantes com a terra em processo de secagem”.

Nessas localidades, lembra a deputadas, é comum que a própria natureza determine o calendário escolar, obrigando muitas escolas ribeirinhas a adaptarem o horário das aulas ao momento da maré cheia. “Outros alunos passam mais de duas horas diárias navegando os rios amazônicos para chegar à escola e quando chegam ao destino não encontram sequer uma alimentação reforçada, por que devido ao custo, na maioria das vezes, crucifica-se a qualidade”, destacou.

Confira a programação do evento, marcado para as 9h30 no plenário 15.

Ascom Lid./PDT com Agência Câmara de Notícias