O PDT e mais quatro partidos de oposição (PSB, PT, Psol e PCdoB) anunciaram, nesta terça-feira (18), que vão atuar contra a reforma da Previdência (PEC 6/19). A ideia é obstruir a votação do texto e apresentar destaques para alterar diversos pontos da proposta.
Em documento divulgado os partidos consideram que tanto a reforma da Previdência encaminhada pelo governo, quanto o relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) atacam direitos dos mais pobres.
Juntos, os cinco partidos têm direito a apresentar nove destaques na comissão especial e vão decidir isso de forma consensual. As siglas afirmam que o parecer apresentado transfere para os trabalhadores o ônus da crise econômica. “Os problemas do sistema de Previdência devem ser enfrentados com combate a privilégios, com a retomada da atividade econômica e com a realização de uma profunda reforma tributária”, diz o texto.
O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que o relatório é uma perversidade com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS). “A população brasileira precisa saber que o RGPS vai pagar a conta de 1 trilhão, valor fictício, divulgado pelo ministro da economia”.
Ainda segundo André, os pensionistas também estão sendo sacrificados no relatório, “porque a dona de casa vai ter que se contentar com um salário mínimo depois que perder o marido. Isso é uma desumanidade que vamos ter que combater”, salientou o deputado.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a reforma não vai tirar o País da crise e que diversos direitos previdenciários não estarão mais garantidos.
“Esse discurso de que a nova Previdência vai salvar o Brasil não cola para nós e nem para sociedade brasileira. Ficou no relatório ainda uma grande vantagem para o sistema financeiro que é a possiblidade de privatizar a Previdência do servidor público”, criticou.
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que há vários partidos de centro que também são contrários à reforma da Previdência.
“A oposição à matéria vai além dos partidos que se definem como de oposição, há representantes de várias legendas de centro que não votarão para aprovar essa proposta. Quem não tem número é o governo”, declarou.
Ascom Lid./PDT com Ag. Câmara