Comissão aprova projeto de Leo Prates que cria Programa Ponto de Ônibus Guarnecido para proteger mulheres

Comissão aprova projeto de Leo Prates que cria Programa Ponto de Ônibus Guarnecido para proteger mulheres

Deputado Leo Prates (PDT-BA)

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PL 3673/23), de autoria do deputado Leo Prates (PDT-BA), que cria o Programa Ponto de Ônibus Guarnecido. A proposta tem como objetivo garantir a segurança e a dignidade de todas as cidadãs que utilizam esse tipo de transporte público, especialmente à noite.

Se aprovada a proposta, o poder público deverá fazer um levantamento sobre os pontos de ônibus em áreas de maior risco para o público feminino, de modo a instalar, nestes locais, equipamentos eletrônicos de monitoração e comunicação, para que a pessoa que espera o transporte possa interagir remotamente com um agente de segurança. De acordo com o texto, o serviço deve ser provido nos horários noturnos de maior risco.

A justificativa que consta da proposição destaca que as mulheres enfrentam desafios significativos em sua mobilidade, sendo a vulnerabilidade em espaços públicos um dos principais obstáculos. Estudos e pesquisas têm documentado inúmeros casos de assédio, abuso e violência contra o público feminino em pontos de ônibus, especialmente durante os horários noturnos, quando a iluminação é escassa e a movimentação de pessoas é reduzida. Essa realidade faz com que muitas mulheres se sintam inseguras e receosas ao utilizar o transporte público, o que pode levar a isolamento social e restringir suas oportunidades de acesso a serviços e empregos.

Para o autor do projeto, os chamados pontos de ônibus guarnecidos têm se mostrado uma solução efetiva para mitigar a insegurança vivenciada pelas mulheres em tais locais. “Esses pontos, geralmente equipados com câmeras de segurança, iluminação adequada e presença remota de monitoramento em horários específicos, oferecem um ambiente mais seguro e acolhedor para as passageiras, reduzindo o risco de incidentes violentos. Além de ser uma resposta concreta aos desafios enfrentados por mulheres em sua mobilidade urbana, essa iniciativa contribui para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva, onde todas as pessoas possam exercer seus direitos plenamente”, argumenta Leo Prates.

A proposta tramita sujeita à apreciação conclusiva pelas comissões – quando não há necessidade de votação em Plenário para a aprovação da matéria -, e será ainda analisada pelas comissões de Viação e Transportes, de Desenvolvimento Urbano e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Acompanhe aqui a tramitação do projeto.

Ascom  Lid. / PDT