Com voto contrário do PDT, a comissão especial que analisa a Reforma Trabalhista (PL 6787/16) aprovou, nesta terça-feira (25/04), o texto-base da proposta. Foram 27 votos favoráveis e 10 contrários. A apreciação dos destaques está prevista para esta quarta-feira (26).
O texto analisado pela comissão manteve as principais medidas do substitutivo, como a regulamentação do chamado trabalho intermitente, modalidade que permite que os trabalhadores sejam pagos por período trabalhado. Ficaram fora da norma intermitente as classes regidas por legislação específica, como os aeroviários.
Para Sérgio Vidigal (PDT-ES), a proposta tem que ser melhor discutida e o trabalhador brasileiro tem que participar do debate. “O verdadeiro interessado na reforma trabalhista, que é o trabalhador brasileiro, não participou dessa discussão como deveria. Nós entendemos que tanto o trabalhador quanto o empregador são vítimas desse sistema”.
Segundo o parlamentar, o governo vende uma expectativa que, com a aprovação das medidas, inclusive a trabalhista, o país vai voltar a crescer, e o número de emprego vai aumentar. “Não temos convicção disso. Eu estou aqui pelo voto popular como todos aqui, não sou empresário, nem funcionário da CLT, mas já fui, e tenho plena convicção de que essa corda sempre estoura para o lado menor”.
Ascom Lid./PDT com assessoria do deputado Sérgio Vidigal