A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, 2 , proposta do pedetista fluminense Chico D’Angelo, que institui o Dia Nacional da Mulher Sambista, a ser comemorado no dia 13 de abril de cada ano.
O texto do PL 3057/21 homenageia e reverencia a sambista Dona Yvonne Lara da Costa, que comemoraria seu centenário em 2022.
Dona Ivone Lara nasceu no bairro carioca de Botafogo em 13 de abril de 1922. Viveu sua infância em um ambiente doméstico que favorece seu contato com a música – a mãe cantora, o pai violinista e, mais tarde, as rodas de choro organizadas na casa de seu tio Dionísio Bento da Silva referenciam sua musicalidade. cantando as cantigas dos escravos negros, os jongos.
Grande parte das obras de Dona Ivone explicita a herança africana do samba de roda, do jongo e do partido-alto, como Axé de Langa (Pai Maior,1980) e Roda de Samba pra Salvador (1982). Essas obras evocam o universo musical dos morros cariocas de sua infância, como ela relembra em Axé de Langa:
“Tia Teresa nos contava a história do vovô que tirava irmão do tronco escondido do senhor pra curar seus ferimentos com o banho de abo Ianga, Ianga que tipoiIanga didianga me…”
Chico D’Angelo cita também, em sua justificativa, as sambistas Leci Brandão, Teresa Cristina, Jovelina Pérola Negra, Hilária Batista de Almeida, Clementina de Jesus da Silva, Dorina e tantas outras responsáveis por construir esses capítulos tão importantes da cultura nacional.
Ascom Lid./PDT