Seguridade aprova projeto de Flávia Morais com medidas para humanizar luto materno

Seguridade aprova projeto de Flávia Morais com medidas para humanizar luto materno

Com substitutivo do deputado Mário Heringer (PDT-MG), a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou nesta quarta-feira (1) projeto (PL 978/19) da também pedetista Flávia Morais (GO) que garante leito separado das outras mães para mulheres que sofreram aborto espontâneo ou tiveram natimortos. A exigência se estende a estabelecimentos públicos e privados. Os serviços de saúde também deverão oferecer assistência psicológica aos pais.

Pela proposta original, hospitais e maternidades teriam de ofertar acompanhamento psicológico a mães e pais nessa situação. Em seu texto, no entanto, Mário Heringer prevê assistência psicológica, uma vez que nem todos dos estabelecimentos contam com psicólogos, segundo argumenta. “É preciso lembrar que o acompanhamento psicológico é ação diacrônica, que se dá ao longo do tempo, meses, às vezes, anos, não tendo o mesmo caráter sincrônico do atendimento psicológico”, esclarece. O texto aprovado, então, prevê atendimento apenas enquanto a mãe estiver internada.

Para suprir a lacuna deixada, o relator determina que a mulher que tenha aborto espontâneo ou seja parturiente de natimorto tenha direito a atendimento e acompanhamento psicológico no Sistema Único de Saúde (SUS). “Dessa forma, o direito da mulher fica assegurado, sem que haja uma sobrecarga injustificável aos hospitais e maternidades, públicos e privados”, argumenta.

Flávia Morais defende que “o atendimento diferenciado por parte do hospital a essas mães é de fundamental importância para que elas tenham a dor do luto amenizada”.