Em audiência pública sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias, nesta quarta-feira (29), o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) cobrou ações concretas para combater esse tipo de crime. “Nós precisamos de políticas públicas, principalmente, na área social, por parte dos governos federal, estaduais e municipais”, afirmou.
Embora o número de pontos críticos de exploração nas estradas tenha caído 47% desde 2004, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), representantes do Executivo na reunião reconheceram que o número de resgates continua alto, o que exige realmente ações cada vez mais integradas.
O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Igor de Carvalho Ramos, explicou que, desde 2009, houve 5 mil resgates de crianças e adolescentes nas rodovias federais, 121 só em 2018. Para ele, “isso mostra que é um mal que ainda persiste, então, é preciso fortalecer o enfrentamento”.
Além disso, de acordo com Vidigal, levantamento realizado pelo Projeto Mapear no ano passado mostrou que o número de pontos vulneráveis à exploração de menores nas rodovias voltou a crescer. De acordo com ele, o país tinha, em 2018, 2.847 pontos, 20% a mais que em 2014.
Diante disso, o parlamentar quis saber do coordenador-geral de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Helbert Pitorra, a que se deve esse aumento e quais as políticas do órgão para enfrentar a situação.
Segundo Pitorra, o aumento do registro no número de pontos vulneráveis se deve à atuação mais efetiva da PRF. “Os locais [de exploração] só estão sendo identificados porque existe uma polícia que é atuante”, disse. Ainda conforme o representante do governo, uma vez que esses locais são identificados, o ministério desenvolve campanhas nacionais para enfrentar o crime.
A reunião ocorreu na Comissão de Viação e Transportes.
Ascom Lid./PDT com Ag. Câmara