O deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES) criticou, em uma sessão da Câmara que debateu a situação social e ambiental da região impactada pelo rompimento da barragem da Mineradora Samarco, a falta de assistência da empresa às vítimas e ao meio ambiente. Criticou ainda, a escassez de recursos do poder público para fiscalizar barragens, como a que se rompeu.
Para Vidigal, as providências tomadas pelo governo brasileiro, pela Vale e BHP (empresas proprietárias da Samarco) para prevenir danos foram claramente insuficientes. “As empresas e o governo deveriam estar fazendo tudo que podem para prevenir mais problemas. Faltam fiscais e dinheiro para monitorar as mais de 662 barragens de rejeitos minerais em funcionamento no País”, assinalou.
O pedetista sugeriu ao Congresso Nacional que apresente propostas que ampliem o cerco contra as mineradoras. Segundo ele, “no ano passado, apenas 10% delas foram vistoriadas. Mesmo assim, de forma precária.”
O parlamentar elencou motivos para que a tragédia, em que mais de 62 bilhões metros cúbicos de rejeitos de mineração ultrapassaram os limites de Minas Gerais e atingiram o Espírito Santo, seja considerada a maior do mundo. “Foram mais de 500 quilômetros percorridos, deixando um rastro de destruição que culminou em morte de pessoas e degradação da fauna e da flora. Mais de nove toneladas de peixes mortos foram retiradas do leito do Rio Doce em Minas e no Espírito Santo em decorrência da lama que vazou após o rompimento da Barragem do Fundão.”
Ascom Lid./PDT com assessoria do deputado