Pompeo de Mattos diz à TV Câmara que visitou o pai na cadeia em 1964

Pompeo de Mattos diz à TV Câmara que visitou o pai na cadeia em 1964

Em entrevista sobre os 60 anos do Golpe Militar, o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), falou à TV que seu pai foi preso em 1964 e, ainda criança, teve de visitá-lo na cadeia. “Quem o prendeu nunca disse a razão da prisão, e o meu pai morreu sem saber. Ou seja, não tinha motivação”.

Segundo Pompeo de Mattos, o maior alvo do regime militar era o trabalhismo, ideal do presidente deposto João Goulart e do ex-governador gaúcho Leonel Brizola, que na data do golpe exercia o mandato como deputado federal, para depois seguir ao exílio. Com o processo de redemocratização e a volta dos exilados políticos, em 1979, Pompeo de Mattos participou da fundação do PDT, liderado por Brizola.

“O golpe deixa um saldo de muita angústia, de muitas dores para muitas famílias no Brasil, mas de consciência dos tempos de luta. Sobraram cicatrizes, divisões, angústias, sofrimento, pessoas morreram, desapareceram”, relata Pompeo de Mattos.

O deputado considera necessário zelar pela democracia para evitar recaídas. Segundo ele, a maior necessidade é melhorar as condições de vida da população.

“Para nós termos democracia, precisamos ter a população com dignidade. Não com milhões e milhões de pobres abaixo da linha de miséria. O pilar econômico da democracia é fundamental. Que democracia é esta em que as pessoas não têm casa, emprego, renda? Tudo isso inibe a liberdade”, alerta.

Ascom Lid./PDT com Agência Câmara de Notícias