Os aumentos sucessivos de combustível no País, as causas, e os impactos da paralisação dos caminhoneiros, foram a temática dos debates da Comissão Geral na Câmara nesta terça-feira (29).
Com a greve dos caminhoneiros, os brasileiros têm enfrentado há alguns o desabastecimento de combustível em vários estados. As negociações entre governo federal e grevistas avançaram com a edição de medidas provisórias para pôr fim à paralisação, mas a situação ainda não se normalizou.
O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), participou dos debates. Em seu discurso, o pedetista apontou a política de preços da Petrobras como a grande responsável pela greve dos caminhoneiros e a crise de desabastecimento vivida no país nos últimos dias. “É um descalabro e precisa ser modificado imediatamente. O Governo precisa demitir o presidente da Petrobras e tomar as rédeas da situação”, asseverou.
Outra medida defendida pelo líder é a redução da margem excessiva de lucro da estatal que, segundo dados apresentados pelo consultor em recursos minerais, hídricos e energéticos, Paulo César Ribeiro Lima, chega a 150%.
Ainda de acordo com o especialista, se a estatal tivesse lucratividade de 50%, ela poderia vender na refinaria o óleo diesel por R$1,40, com preço final ao consumidor de R$2,68. “O que acontece com a estatal hoje não é praticar preço de mercado internacional, mas sim praticar o preço acima, o que é abusivo”, declarou Paulo César.
Para André Figueiredo, a lei brasileira é muito clara quando estabelece que o abastecimento de combustíveis não é um comércio qualquer, “mas, uma atividade de utilidade pública”.
O também pedetista Assis do Couto (PR) defendeu celeridade na votação das medidas provisórias que atendem às reivindicações dos caminhoneiros (MPs 831/18, 832/18 e 833/18). “Essas propostas precisam ser votadas o mais rapidamente porque há um problema de confiança no governo”, disse. Ele destacou que o movimento grevista se fragmentou e gerou um movimento “perigoso” que pede a intervenção federal.
Ascom Lid/PDT