O deputado Flávio Nogueira (PDT) pediu ao ministro da saúde, Marcelo Castro, durante comissão geral, nesta quarta-feira (16/12), que o ministro faça a intermediação junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) para que a doença provocada pelo Zika vírus seja catalogada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). O CID fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à qual corresponde um código. O CID é publicado pela OMS e é usado globalmente para estatísticas de morbilidade e de mortalidade, sistemas de reembolso e de decisões automáticas de suporte em medicina. “Com essa inclusão, teremos um número específico de identificação da doença do vírus zika, facilitando assim as notificações com mais fidelidade”, argumenta Nogueira.
O parlamentar pedetista lembrou que a doença do vírus zika ainda é pouco conhecida pela sociedade e que seu combate requer ações firmes por parte das instituições e também por parte da população. “Quero aqui parabenizar o ministro Marcelo Castro, que é meu conterrâneo, pelo trabalho desenvolvido a frente ao Ministério, que não tem medido esforços para alertar a população sobre a doença, mesmo enfrentando esse momento de instabilidade pela qual passam as instituições.” Entre as consequências que podem estar relacionadas ao zika vírus está a microcefalia. Os estudos ainda estão sendo feitos no sentido de confirmar as informações. No Piauí, segundo dados do Ministério da Saúde, há 39 casos suspeitos de microcefalia, mas a doença tem atingido outros Estados.
Aos deputados, o ministro Marcelo Castro assegurou que não faltarão recursos no Orçamento da União de 2016 para enfrentar o surto de microcefalia que já atinge 549 municípios em 19 estados e no Distrito Federal. “Esse é o problema número 1 que o País tem de resolver. E é evidente que nenhum governo responsável deixará faltar dinheiro para uma questão de saúde pública dessa magnitude”, disse Castro.