De acordo com o 10ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2015 foram mortos 358 policiais civis e militares em todo o País. Destes, apenas 91 estavam em serviço. Face a isto, deputados, policiais, representantes da categoria, bem como a sociedade civil discutiram, nesta quinta-feira (26/10), no Plenário da Câmara em comissão geral, o assassinato de policiais no Brasil.
De acordo com o deputado Subtenente Gonzaga, do PDT mineiro, em 2017, já são 481 policiais assassinados no Brasil. Dados do Mapa da Violência do Fórum Brasileiro apontam que, enquanto o Brasil tem uma média nacional de 24 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, a média anual está abaixo de 10 homicídios e, para os policiais, são 74. O Rio de Janeiro está com 254 homicídios para cada grupo de 100 mil pessoas. “Estes são números de guerra, inaceitáveis”, avalia o deputado.
Subtenente lamentou a morte de inúmeros colegas policiais vítimas de bandidos. “Eu passei 22 anos da minha trajetória na Polícia Militar em Minas Gerais, em uma associação de classes, enterrando companheiros. Com certeza, já enterrei centenas deles, mortos por bandido”, disse.
Para o deputado, a incapacidade do Estado em investigar os crimes vitima tanto a sociedade como os policiais. “Eu tenho claro que nós precisamos, sim, endurecer a legislação penal, e modificar a legislação processual penal, mas não fujo de uma convicção, a de que o nosso grande algoz se chama Poder Executivo”, declarou.
Gonzaga apontou o Poder Executivo como o responsável pela agenda da segurança pública, que ainda não apresentou políticas públicas efetivas que transfira dos Governos uma política que é para ser de Estado. Segundo ele, do ponto de vista do plano federal, segurança pública ainda não é prioridade no Brasil. “De vez em quando, alguém gesta um plano e o coloca como salvação da Pátria”.
Ascom Lid./PDT