Em um debate que durou cerca de 50 horas, o Plenário da Câmara aprovou, neste domingo (17/04), o relatório que abre o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Dos 513 deputados, 367 votaram favoráveis, 137 contrários e 7 se abstiveram.
Em defesa da presidente, o ministro José Eduardo Cardoso rebateu todas as acusações. Segundo ele, “não há, no relatório, fatos que comprovem que Dilma Rousseff cometeu atos intencionais contra o País”. Ainda segundo ele, tanto os decretos quanto o atraso nos repasses, são comuns em todas as administrações, e foram considerados crimes por uma mudança de interpretação do TCU.
A posição do PDT foi contra o impeachment. Para o líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA), o relatório que recomendou a abertura de processo contra a presidente “não tem razão de ser e de existir”.
Agora, o parecer segue para o Senado Federal, onde será constituída uma comissão especial para decidir se valida, ou não, o pedido de abertura de investigação. Se for aprovado por 41 senadores, a presidente será afastada do cargo por cento e oitenta dias enquanto é julgada pelo Senado.
Uma eventual condenação, que depende do aval de 2/3 da Casa (54 senadores), tira Dilma do cargo e a torna inelegível por oito anos.
Ascom Lid./PDT