Os recentes ataques feitos ao Supremo Tribunal Federal por apoiadores do governo Bolsonaro, inclusive com o uso de fogos de artifícios, repercutiu entre os Podres. O Executivo não se manifestou de maneira formal quanto à manifestação, bem como disse desconhecer o fato.
No entanto, o líder da Oposição na Câmara, deputado André Figueiredo (PDT-CE), criticou a inércia e conivência do Gabinete de Segurança Institucional, comandado pelo ministro-chefe general Augusto Heleno contra os ataques ao STF.
Em entrevista para a Maria Carolina Trevisan do UOL, o deputado disse “ter absoluta convicção de que o governo tem mecanismo de ter essas informações prévias. Nós estamos falando de um ataque à principal instituição de Poder Judiciário do nosso país, o guardião maior da nossa Constituição, em frente ao palácio do Planalto. Dá para prever que aconteceria algo daquela magnitude? Com certeza”, afirma o deputado.
André Figueiredo afirmou ainda, que há conivência do governo com esses atos, incluindo do presidente Jair Bolsonaro. “É lamentável você ver o presidente da República não condenar com toda veemência um ataque ao Poder Judiciário da forma como foi realizado, com fogos de artifício sendo atirados claramente em direção ao Supremo como forma de ameaça. Essa conivência do presidente tem que ser duramente criticada.”
De acordo com o parlamentar, Câmara estuda convocar mais uma vez o ministro general Augusto Heleno para esclarecimentos. Também afirma que está dialogando com deputados para proteger a democracia, incluindo partidos de centro. “Não são manifestações soltas. Tem um grupo que planeja tudo, que idealiza tudo e eu tenho certeza absoluta de que os familiares do presidente da República estão por trás de toda essa maquinação. Faz parte de um projeto de tentar derrotar a democracia. Nessa hora, todas as forças verdadeiramente democráticas têm que se unir, independentemente do espectro ideológico em que estejam inseridas”, diz o deputado Figueiredo.
Ascom Lid./ com Coluna Uol