Com base no relatório apresentado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania pela admissibilidade da Solicitação para Instalação de Processo (SIP) 1/217, em desfavor do Presidente da República Michel Temer, o deputado Afonso Motta (PDT-RS), apresentou um voto em separado, na comissão, que corrobora a admissibilidade das denúncias.
Afonso Motta fez uma síntese do texto e frisou que os indícios constantes do documento são irrefutáveis e que a questão é restrita à admissibilidade da denúncia, cabendo à CCJ a responsabilidade de admiti-la.
Para o parlamentar, mesmo que as evidências não sejam suficientes para o veredito final, “não há como se contestar a existência da mala com R$ 500 mil reais, a promessa de R$ 38 milhões de reais, assim como a participação do ex-deputado Rocha Loures. Portanto, a decisão desse parlamentar, em especial da CCJ, não pode ser outra a não ser a de autorizar o prosseguimento da denúncia para apreciação do STF”, argumentou.
Afonso Motta admitiu que denúncias imputadas a Michel Temer são graves e ele, Temer, precisa provar sua inocência. Segundo o deputado, no Brasil não há mais governabilidade e o presidente está desacreditado pela sociedade. “Ele não tem o reconhecimento nem a legitimidade, e isto está provado nas pesquisas. O Afastamento do presidente não traria qualquer ruptura ao desenvolvimento do país”, afirmou.
Ascom Lid./PDT