Presidente do BNDES atende convite de Paulo Ramos e é ouvido em audiência na Câmara

Presidente do BNDES atende convite de Paulo Ramos e é ouvido em audiência na Câmara

A convite do deputado Paulo Ramos (PDT-RJ), a CPI que apura possíveis Práticas Ilícitas no Âmbito do BNDES no período de 2003 e 2015 ouviu, nesta terça-feira (27), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Gustavo Montezano. Ele defendeu a total transparência da instituição e reafirmou que a meta número um da sua gestão é abrir a “caixa preta” do BNDES.

Questionado por Paulo Ramos sobre o comportamento de Paulo Guedes, que é investigado pelo Ministério Público Federal em Brasília por suspeita de envolvimento em fraudes em fundos de pensão, Montezano afirmou que só conhecia o assunto pela imprensa, mas está aberto a investigar.

O presidente do BNDES, disse desconhecer formalmente o envolvimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, em possíveis irregularidades com investimentos em fundos de pensão de estatais e recursos do banco oficial de fomento, por meio da empresa BR Educacional, gestora de ativos de Paulo Guedes antes de ele assumir a pasta no governo Jair Bolsonaro.

“A gente quer transformar essa missão de abertura da caixa preta em uma cultura de transparência”. “Então, toda e qualquer informação que o senhor julgar necessária, seja relativa a jatinhos, investimentos em educação ou qualquer outro setor da economia, o banco vai ter toda a vontade e disponibilidade de prover ao senhor.”

De acordo com Paulo Ramos, “o próprio presidente do BNDES, doutor Montezano, tem vinculações, a partir do pai, com o ministro Paulo Guedes. E, lá no BNDES, o ministro Guedes está completamente encalacrado”, declarou Ramos. “Com o senhor [Montezano] como presidente, nós temos garantias de que não haverá obstrução da Justiça, de que os documentos permanecerão intactos?”, questionou.

O parlamentar quer ouvir Paulo Guedes no colegiado, inclusive de forma reservada. Ele chegou a dizer que o próprio ministro deve ter interesse de vir à Casa para se defender e explicar a situação

Ascom Lid./PDT