O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) apresentou dois projetos de Lei para inscrever no Livro dos Heróis da Pátria o nome do político e diplomata Osvaldo Euclides de Sousa Aranha (PL 6874/17) e o de João Cândido Felisberto, Líder da Revolta da Chibata, reconhecido posteriormente como o Almirante Negro (PL 6875/17).
Osvaldo Aranha, gaúcho de Alegrete, nasceu em 15 de fevereiro de 1894 e atuou na área de advocacia ao lado de Getúlio Vargas, de quem se tornou amigo e conselheiro. Foi deputado federal em 1927 e em 1934, nomeado embaixador em Washington onde atuou em defesa das relações brasileiras com os Estados Unidos. Em 29 de Novembro de 1947 Osvaldo Aranha presidiu a primeira Sessão Especial da Organização das Nações Unidas, quando foi aprovada a criação do Estado de Israel, com voto favorável do Brasil.
João Cândido Felisberto nasceu em 1880, na cidade de Encruzilhada do Sul (RS). Filho de pais escravos, aos 13 anos lutou a serviço do governo na Revolução Federalista do Rio Grande do Sul. Com 14, alistou-se no Arsenal de Guerra do Exército e com 15 entrou para a Escola de Aprendizes Marinhos de Porto Alegre.
Em novembro de 1910, o “Almirante Negro” liderou a revolta da Chibata, contra as punições físicas a que eram submetidos os marinheiros negros e mulatos nos navios de guerra brasileiros. A rebelião aconteceu em duas etapas. Na primeira etapa os marinheiros revoltosos ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro e o Governo Hermes da Fonseca aceitou as reivindicações dos revoltosos, que aceitaram terminar a rebelião e se desarmaram. Nesse momento o Governo não cumpriu com sua palavra, o que fez com que a revolta ganhasse novo fôlego. Já preparado para a nova investida dos marinheiros, o Governo sufocou violentamente a segunda etapa, o que resultou na morte de estimados 200 marinheiros e a expulsão de outros 2 mil da Marinha. Apesar de não ter participado da segunda etapa da revolta, João Cândido foi expulso da Marinha e preso.
Ascom Lid./PDT