O PDT acionou, nesta terça-feira (24), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e do Estado de São Paulo, para instaurar inquérito sobre a politização das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares nos estados, em resposta à articulação para manifestações antidemocráticas no dia 7 de setembro.
A peça cita o Presidente da República como “consectário do aparelhamento de milícias digitais e de corporações perfilhadas aos ideais autoritários, negacionistas e subversivos ao regime constitucional inaugurado em 1988”. Fala ainda dos constantes ataques e ameaças feitas contra o Poder Judiciário – especialmente, o STF e o TSE – e o Congresso Nacional, fato que incita a militância pró-bolsonaro a aderir às manifestações.
Para o partido, a reação autoritária à legitimidade do funcionamento da ordem constitucional, repercute nas corporações policiais, notadamente as Polícias Militares, que, de amplo contingente, transformaram-se em um dos principais redutos bolsonaristas.
Para embasar a ação, o Presidente Nacional do PDT e signatário da peça, Carlos Lupi, menciona que policiais do Estado de São Paulo, policiais combinaram de comparecer à manifestação do dia 7, na Av. Paulista usando as boinas da corporação, em apoio ao presidente da República.
No Rio de Janeiro, segundo informações dos grupos de WhatsApp, colhidas pelo Portal Poder 360, policiais pretendem marchar de Niterói até a praia de Copacabana. Segundo a última mensagem no grupo “PMS DO BRASIL”, cinco ônibus com agentes são esperados no feriado.
Por fim, o PDT pede que o MP receba com celeridade a Representação como “Notícia de Fato”; instaure Inquérito Civil para apurar a politização dos oficiais da PM e do CBM; ingresse com medidas judiciais a fim de inibir e proibir as manifestações coletivas de PMs ou CBMs de 7 de setembro, aplicando multa aos envolvidos em caso de descumprimento.
ações completas: SP: https://bit.ly/2WsgxE5 e RJ: https://bit.ly/3BflD5B
AscomL Lid./PDT