Diante da declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), dada em entrevista ao canal do You Tube da jornalista Leda Nagle, na qual ele diz que, se a esquerda “radicalizar” no Brasil, a resposta pode ser via um novo AI-5, os partidos de oposição PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB e Rede, e as Lideranças da Minoria e da Oposição na Câmara, assinaram, nesta quinta-feira (31), uma nota de repúdio à fala do deputado.
“Repudiamos veementemente a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em defesa de um novo AI-5. Trata-se de um ato criminoso e de extrema gravidade, pois atenta contra a Constituição Federal e a democracia”.
As bancadas oposicionistas dizem ser inadmissível um parlamentar eleito pelo voto popular e que jurou respeitar a Constituição fazer apologia ao crime e a defesa da volta dos anos de chumbo. “Diante disso, entendemos que a única punição cabível é a perda de seu mandato, medida que será analisada pelo Conselho de Ética da Câmara com base em representação que os seis partidos vão protocolar”.
A oposição diz ainda, que o ato do deputado, por ser filho do presidente da República, que reiteradamente defende a ditadura e a tortura, faz da declaração um risco concreto para a democracia.
Declaram também, que o parlamentar do PSL e o grupo que governa o País neste momento são uma ameaça constante às instituições democráticas e ao Estado de Direito. Reiteradamente, demonstram intenções autoritárias, aversão ao diálogo e descompromisso com a democracia tão duramente conquistada pelos brasileiros. São inimigos da democracia e da liberdade e, por isso, devem ser contidos por toda a sociedade brasileira.
Ditadura nunca mais! Democracia sempre!
Assinaram a nota os deputados Paulo Pimenta (RS), líder do PT; Ivan Valente (SP), líder do PSOL; André Figueiredo (CE), líder do PDT; Daniel Almeida (BA), líder do PCdoB; Tadeu Alencar (PE), líder do PSB; Joênia Wapichana (RR), líder da Rede; Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria; e Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da Oposição.
A oposição também protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia crime contra o deputado Eduardo Bolsonaro. ()
Ascom Lid./PDT