Eleito para liderar a bancada pedetista, a partir de fevereiro de 2024, o deputado Afonso Motta (RS), em entrevista ao programa Palavra Aberta, da TV Câmara, falou sobre os planos para enfrentar a pauta legislativa do próximo ano.
Para o deputado, 2023 foi bastante produtivo e teve a aprovação de proposta importantes, como a reforma tributária, por se tratar de uma pauta que há trinta anos caminhava em passos lentos no Congresso Nacional. “O propósito sempre foi o de fatiar a reforma e minimizar a burocracia e alguns aspectos de justiça tributária”, afirma Motta.
Afonso Motta afirma que, para o próximo ano, a preocupação será a de regular as exigências complementares, que envolvem justiça social que, segundo ele, é “desigual” e imprescindível que seja tratada no futuro próximo.
Sobre a indústria química, Afonso Motta, que é coordenador da frente parlamentar mista da Química, argumentou que a Recuperação do Regime Especial da Indústria Química– REIQ, em função da competitividade, é de essencial importância para a indústria. “A frente cuida de toda a química nacional e estamos trabalhando com mais efetividade para esse setor no Brasil”, argumenta.
Ao falar sobre o Parlasul, que fortalece o diálogo e a participação social com os povos dos países que compõem o MERCOSUL, o deputado disse que o grupo, composto por 27 deputados e 10 senadores, reúne-se uma vez por mês para tratar de interesses dos países membros. “Entendo que o ganho para o Brasil em tecnologia e inovação no mundo das potencialidades tem muito significado nas atividades econômicas. Estamos no mundo e é importante e precisamos debater isso internacionalmente”.
Quanto às perspectivas para 2024, Afonso Motta afirmou sentir-se orgulhoso por poder liderar o partido no próximo ano legislativo. Ele foi primeiro vice-líder nos últimos três mandatos; presidente da Comissão de Trabalho e de Administração Púbica, atual Comissão de Trabalho; e tem atuação efetiva na Comissão de constituição e Justiça e de Cidadania da Casa.
Para ele, a grande tarefa é manter o bom debate, sendo necessário tempo e acordo. O desafio, segundo Motta, será o de complementar a reforma tributária e adentrar na reforma administrativa, tema ‘complexo’, que será trabalhado de forma fatiada, principalmente, no tocante ao teto do servidor público, causa importante para começar o ano.
Sobre as eleições municipais no próximo ano, o pedetista acredita que as tensões ocorridas durante a campanha presidencial não serão trazidas para o pleito municipal. Para ele, as referências dos que participaram na eleição para a presidência da República não devem ter a mesma repercussão. “Temos que isolar o radicalismo e procurar ter a frente mais ampla possível para a governabilidade”.