A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura supostas irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ouviu, nesta terça-feira (17/11), o empresário Eike Batista, fundador do Grupo EBX, sobre financiamentos obtidos pelo grupo junto ao banco.
O deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES), autor do requerimento, questionou o empresário se houve ajuda do ex-presidente Lula no socorro prestado ao EBX. Eike disse que sim, e julgou normal o pedido de ajuda, “quando o empresário quer salvar seu patrimônio”. “Mas, quando procuramos o governo, já era tarde”, declarou.
O deputado também quis saber se o empresário fez doações a partidos políticos. “Doei como qualquer empresário que acredita na democracia. Fiz contribuições aos grandes partidos e candidatos com quem teria alguma afinidade”, disse.
O pedetista lembrou-se dos investimentos feitos pelo BNDESPar nas cinco empresas do grupo EBX no valor de R$ 994 milhões, em um momento que, segundo Vidigal, eram de pico de valor de ações do grupo. Também perguntou sobre o financiamento do BNDES na Companhia GR Hotéis, (Hotel Glória), fugindo do propósito do banco que investe em infraestrutura com importância nacional.
De acordo com Eike, nunca houve negociação para conseguir investimento do BNDES ou do BNDESpar. “Além disso, esse capital era desnecessário, pois, na época, havia investidores estrangeiros dispostos a ocupar esse lugar. Eu mesmo comprei ações nesse período”.
O empresário completou ainda, que “O BNDES se sentiu parte dos que ajudaram o Rio de Janeiro a fazer as olimpíadas e eu não vi razão de não fazer parte de algo que qualquer empresário poderia participar”, enfatizou.
Ascom Lid./PDT com assessoria do deputado