A liberdade de imprensa será tema de audiência pública conjunta das comissões de Cultura e de Direitos Humanos e Minorias nesta terça-feira (4). De acordo com parlamentares que sugeriram o debate, a retomada da democracia no Brasil não foi capaz de por um fim ao ataque à liberdade de comunicação. “Ainda vemos manifestações de violência a jornalistas, comunicadores e profissionais de imprensa em geral”, sustentam os deputados, entre eles os pedetistas Túlio Gadêlha (PE) e Chico D´Ângelo (RJ).
Os autores ressaltam que os casos de agressões a profissionais de imprensa cresceram 36% em 2018, em relação ao ano anterior. Os dados são do relatório Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2018, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Em 2017, segundo o estudo, o país registrou 99 casos de agressão. Já em no passado, o número aumentou para 135 ocorrências, contra 227 jornalistas. Ocorreu, inclusive, um assassinato. “Registre-se que a agressão física em 2018 foi a forma de violência mais recorrente, chegando a vitimar 58 trabalhadores”, ressaltam os parlamentares.
Participantes:
– o jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto;
– o diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Cristiano Reis Lobato Flores;
– a diretora-interina da ONG Artigo 19, Laura Tresca;
– o diretor da Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Antônio Paulo Santos;
– o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz; e
– representante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A reunião ocorre no plenário 9, às 14h30.
Ascom Lid./PDT