A Comissão de Cultura da Câmara aprovou nesta quarta-feira (13) a inclusão do nome de Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, também chamado de “Capitão Sérgio Macaco”, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A proposta (PL 1179/25) é de autoria do deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), que tramita em conjunto com outro projeto com o mesmo teor.
O Livro de Heróis e Heroínas da Pátria fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.
Carioca de Vila Isabel, Capitão Sérgio Carvalho entrou para a Força Aérea Brasileira (FAB) aos 18 anos. Quando se tornou herói, tinha uma sólida e reputada carreira: integrou o grupo que criou o Para-Sar, unidade de elite especializada em resgate e salvamento, e tinha um currículo com cerca de 900 saltos, 6 mil horas de voo e quatro medalhas por bravura.
A bravura do capitão ficou reconhecida, nacionalmente, por se recusar a executar e denunciar ordens criminosas do Brigadeiro João Paulo Moreira Bournier, em 12 de junho de 1968.
O plano previa usar equipes militares sob seu comando para promover atos terroristas, incluindo a explosão do gasômetro e a detonação da represa de Ribeirão das Lages, ambos no Rio de Janeiro.
A recusa do Capitão Sérgio Macaco em participar do plano representou um ato de resistência contra os setores antidemocráticos das Forças Armadas, que buscavam radicalizar o regime para justificar a intensificação da repressão e consolidar o autoritarismo no Brasil.
No fim dos anos 80 e início dos 90, enveredou pela política e chegou a assumir, como suplente, o mandato de deputado federal pelo PDT fluminense (1987-1991).
Tramitação: Conclusivo nas comissões a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania vai ser o próximo colegiado a analisa a matéria.
Ascom Lid./PDT