A tarifa adicional de 50% sobre exportações do Brasil imposta pelo presidente do Estados Unidos Donald Trump inquietou alguns parlamentares no Congresso Nacional, como o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que apresentou o Requerimento 2712/25, com Moção de Repúdio à decisão do governante americano.
Para o parlamentar, o presidente americano, sob o argumento de defender interesses daquele país, tarifa o Brasil em retaliação a decisões tomadas pela corte brasileira que, segundo ele, são legítimas e correm soberanamente no Brasil. Como justificativa, continua o deputado, Trump alega “uma suposta perseguição política movida pelo Estado brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
De acordo com Pompeo, o ônus dessa decisão vai recair, entre outros setores, no agronegócio, que exporta laranja, café e insumos, como o farelo de soja; o setor mineral, que perde competitividade no maior mercado do hemisfério norte, comprometendo ferro-gusa, ferroligas, bauxita e alumínio; e a Embraer, que sofrerá restrições no fornecimento de aeronaves e componentes de alta tecnologia.
Ainda de acordo com o parlamentar, deve encorajou o governo brasileiro “deve manter postura altiva, buscando a reversão desse ataque — seja pelo diálogo, seja pelos foros internacionais, seja pela reciprocidade, se necessário”.
“O Brasil não se curvará. Buscaremos mercados na Ásia, na África, na Europa, no Oriente Médio, onde houver parceiro que respeite nossa soberania e valorize o que produzimos. O Brasil jamais aceitará achaques, chantagens ou retaliações políticas travestidas de tarifas”, reage o deputado.
Ascom Lid./PDT