Em audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta terça-feira (23/04), o deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES) apresentou questionamentos relacionados à contribuição do banco ao desenvolvimento do País. Quis saber do ex-presidente Paulo Rabello de Castro, por exemplo, qual foi a participação do BNDES na formação do superávit primário entre 2001 e 2016.
De acordo com Rabello, “cerca de um terço desse superávit decorreu da instituição”. No período, o banco recolheu ao Tesouro nacional, segundo o ex-diretor, em valores nominais, sem correção, R$ 129,7 bilhões. Destes, R$ 74,2 bilhões decorrentes de dividendos e R$ 55,5 bilhões de tributos.
Apesar desses resultados, Rabello ressaltou que, no cálculo da contribuição do BNDES ao país, outros fatores devem ser considerados, com a geração de emprego e de riqueza, e o recolhimento de tributos e dividendos dos empreendimentos financiados. “Os R$ 440 bilhões [em empréstimos até 2016] geraram quase R$ 700 bilhões em operações para quase dois milhões de empresas”, acrescentou.