Na noite desta quinta-feira (7), o PDT entrou com ação junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal para impedir a realização de manifestações agendadas para este fim de semana em Brasília. Os advogados do partido argumentam que “existe uma ameaça séria, iminente e incontestável à saúde e ao bem estar da população”.
Destacam ainda na ação, que a gravidade da emergência causada pela pandemia do coronavírus (covid-19) exige das autoridades brasileiras “a efetivação concreta da proteção à saúde pública”.
Ao propor a ação, o partido baseia-se em recomendações de órgãos sanitários, nacionais e internacionais e exige que o Governo do Distrito Federal (GDF) faça valer seu próprio decreto de abril, que proíbe aglomeração de pessoas durante a pandemia de covid-19.
De acordo com os propositores da ação, o grupo que organiza a manifestação para sábado (8) tem ligações com os manifestantes que na semana passada promoveram crimes previstos na Constituição Federal ao defenderam o fechamento do Congresso Nacional, do STF e o retorno da ditadura militar no Brasil.
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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, defende que a hora é de cautela e as pessoas precisam respeitar os especialistas, nacionais e internacionais, segundo os quais a única forma de evitar o crescimento descontrolado da covid-19 no pais é o isolamento social. “Estamos batendo recordes de mortos e nosso sistema de saúde já está em colapso em várias grandes cidades”, ressalta.
Lupi sublinha ainda que as sucessivas manifestações ocorridas em Brasília, com a participação inclusive do presidente Bolsonaro, pelo fim do isolamento, atentando contra as instituições democráticas, são “verdadeiras caravanas da morte”. E acrescenta: “O GDF tem obrigação de cumprir suas próprias medidas sanitárias, que proíbem aglomeração de pessoas”.