Ciro Gomes, vice-presidente nacional do PDT, apresentou, nesta terça-feira (2), um balanço dos seis primeiros meses do governo Bolsonaro. Com a presença do presidente do partido, Carlos Lupi, da bancada pedetista na Câmara dos Deputados, o encontro aconteceu na sede nacional do PDT, em Brasília.
Os dados apresentados por Ciro integram um levantamento feito pelo Observatório Trabalhista – ferramenta colaborativa criada para acompanhar os principais indicadores da economia, educação, segurança, saúde, cultura, entre outros setores brasileiros.
Durante a apresentação dos dados, Ciro afirmou que “estamos terminado a pior década, em matéria de desenvolvimento econômico, dos últimos 120 anos do Brasil”. O ex-governador mostrou, ainda, o esforço de arrecadação do Governo. De acordo com os números, a receita líquida – a soma da receita total menos a dívida, os juros – apresenta uma paralisação, em comparação com o mesmo período de 2018, “o que é um sintoma de que economia está parada, porque não há evolução”, observou.
Nas despesas do Governo central, segundo Ciro, é onde se anuncia a tragédia. A área de investimento é a menor, desde o período da 2ª guerra mundial. “O Brasil está deprimindo investimento sem precedentes”, lamentou. O pedetista mostrou, por exemplo, a situação da infraestrutura, com mais 14 mil obras paradas em todo o País, e da área da educação, cuja queda nos investimentos começou e cair em 2014, e continua a se agravar.
Outro dado alarmante é o número de inadimplentes, que já ultrapassa 62 milhões de pessoas físicas, o que, segundo Ciro Gomes, é um problema macroeconômico. A inadimplência também atinge as micro e pequenas empresas. Hoje, são mais de 5 milhões pequenos e micro empresários nessa condição, uma situação provocada, entre outros fatores, pelas políticas de juros “estúpidas”, na classificação de Ciro.
A falta de investimentos na área da saúde também trouxe números preocupantes para o Brasil, incluindo a área de imunologia, que culminou na perda do Certificado Internacional de área livre de sarampo. Em 2018, por exemplo, a cobertura vacinal era de 78,7%. Já em 2019, os números são de pouco mais de 57%. A cobertura compreende a relação entre o número de doses aplicadas de uma determinada vacina e o número registrado ou estimado de menores de 1 ano existentes na área de abrangência do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Todos esses sintomas avaliados e levantados pelo Observatório Trabalhista, na visão de Ciro Gomes, apontam que o ano de 2019 caminha para uma estagnação e uma recessão.
Confira aqui os números atualizados do Observatório Trabalhista.
Ascom PDT Nacional com Lid/PDT