Mário Heringer sugere planejamento logístico para vacina contra Covid-19 ao MS
De modo a auxiliar no planejamento da vacinação dos brasileiros contra o coronavírus, o deputado Mário Heringer (PDT-MG) enviou oficialmente ao Ministério da Saúde uma proposta de logística. O texto prevê pontos como treinamento de profissionais para a aplicação de vacinas nos próprios centros de vacinação ou em unidades móveis, para ir às residências, casas de repouso e outras instituições de longa permanência de pacientes vulneráveis pertencentes a grupos de risco.
Para o deputado, a vacinação será “uma operação de guerra” e, quanto mais lento for o planejamento logístico, mais longa será a epidemia no País. “Trata-se de um momento histórico único, em que um esforço monumental terá de ser feito para a imunização da totalidade da população mundial, mais de 7 bilhões de pessoas”, reforça. O deputado, que é médico e gestor hospitalar, lembra o vírus que já matou aproximadamente 1,4 milhão de pessoas no mundo e cerca de 170 mil só no Brasil.
Mário Heringer ressalta ainda que, segundo especialistas, uma única vacina não será capaz de promover toda a imunização necessária no País, razão pela qual mais de um tipo de vacina deverá ser adquirida para a imunização em massa. Além disso, destaca que será necessário resolver problemas adicionais, com insuficiência de seringas, aquisição de freezers para armazenamento das doses, caixas térmicas e gelo seco para o transporte dessas doses até os pontos em que serão aplicadas. “Precisaremos de logística terrestre e aquaviária para que as doses consigam chegar aos lugares mais longínquos do país” justifica o parlamentar, que é segundo-secretário da Câmara.
Informação sobre testes
O deputado mineiro também enviou requerimento de informação ao ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, sobre os testes para detecção do coronavírus que estariam prestes a vencer.
Mário Heringer argumenta: “como parlamentar, sobretudo ligado à causa da saúde, me preocupa o estoque de testes para diagnóstico de coronavírus adquiridos pelo Ministério da Saúde, com prazo de validade entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021”.
Notícias veiculadas na mídia deram conta, no último dia 22, que mais de 7 milhões de testes prestes a serem descartados pelo Ministério da Saúde porque suas datas de validade expirariam entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. “Trata-se de uma aquisição no valor de R$ 290 milhões, correspondendo a aproximadamente 38% do total de recursos gastos até o momento pelo Ministério da Saúde com esse tipo de ação”, afirma.
Nesta quarta-feira (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou por quatro meses a validade dos testes diagnósticos do tipo PCR. São cerca de 7 milhões de kits para detectar o coronavírus que foram comprados em abril por meio da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS).