Marcos Tavares propõe criação da Casa da Mulher, para ampliação do atendimento às vítimas de violência

Marcos Tavares propõe criação da Casa da Mulher, para ampliação do atendimento às vítimas de violência

Dep. Marcos Tavares (PDT-RJ)

O deputado Marcos Tavares (PDT-RJ) apresentou à Câmara dos Deputados projeto de lei (PL 4577/23) que dispõe sobre a criação da Casa da Mulher, com intuito consolidar e ampliar o atendimento às mulheres vítimas de violência.

O foco da principal da Casa da Mulher será o acolhimento temporário, orientação, encaminhamento jurídico e atendimento psicossocial à população feminina, por meio de uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e advogados. A instituição poderá conceder aluguel social às vítimas, quando necessário. O atendimento pela Casa deverá perdurar por um período máximo de 180 dias, podendo ser excepcionalmente prorrogado, mediante justificativa da autoridade competente.

De acordo com o texto da proposta, são atribuições da Casa da Mulher: abrigar e garantir a integridade física e psicológica de mulheres vítimas de violência doméstica, bem como de seus dependentes, tomando as medidas cabíveis do ponto de vista educacional, jurídico e psicossocial; proporcionar acesso aos órgãos públicos, tais como: Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, escolas, unidade da família (USF ou PSF), hospitais e conselho tutelar, com o objetivo de reinserir socialmente a mulher atendida; notificar às autoridades competentes os casos de violência doméstica, fornecendo dados e sugerindo soluções na adoção de providências legais cabíveis a cada caso; prestar orientação e assistência social, jurídica e psicológica às mulheres atendidas, buscando proporcionar os meios para o exercício da sua autonomia; promover atendimento integral e interdisciplinar às mulheres e aos filhos, em especial nas áreas pedagógica, psicológica, social e jurídica, buscando resgatar a harmonia na relação familiar;  e encaminhar as mulheres atendidas a agências de empregos e cursos profissionalizantes.

O autor da proposição destaca que, além dos cuidados essenciais, as vítimas passarão por capacitação profissional e atividades diversas, com o fito de amenizar os danos causados pela violência sofrida. “Alguns dos maiores problemas para a efetiva mudança de vida destas mulheres são: o medo de ficar vulnerável e sofrer mais violência, a dependência financeira, emocional e afetiva em relação ao companheiro, o medo de perder a guarda dos filhos e a incapacitação profissional e econômica para sobreviver por si”. Para o deputado, o projeto se justifica “pela constante ocorrência de casos de assédio e violência contra a mulher em razão de gênero, além da necessidade de abordar o assunto de forma clara e elucidativa na sociedade, contando com a participação de toda a comunidade”, explica Marcos Tavares.

Ascom Lid. / PDT