A Comissão de Minas e Energia debateu, nesta quarta-feira (7/6), com produtores e com o governo políticas de incentivos à geração de energias renováveis. Os debatedores pediram, além dos incentivos para a produção de energia solar no Brasil, a manutenção dos leilões previstos para a contratação de energia eólica (do vento).
O deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES), que propôs o debate, destacou que o Brasil é referência mundial em energias renováveis, mas observou que mais de 60% da matriz energética vêm de usinas hidrelétricas. Segundo ele, a geração de energia a partir de outras fontes limpas, como a solar, não tem crescido como desejado no País. “O impacto ambiental hoje de implantar novas hidrelétricas é muito grande”, disse.
O diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica defendeu apoio do Congresso, do Ministério de Minas e Energia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que essa fonte de energia avance no Brasil. A projeção da entidade é que a energia solar, que hoje representa 0,02% da matriz energética brasileira, chegue a 10% da matriz em 2025. “Precisamos de arcabouço legal, regulatório e de incentivos para atingir esses objetivos”, afirmou.
Já o representante da Associação Brasileira de Energia Eólica, Francisco Silva, ressaltou que o Brasil ocupa a 9ª posição do mundo na capacidade instalada de energia gerada pelo vento. Segundo ele, o grande incentivo foram os leilões regulares do governo para a contratação desse tipo de energia. Ele criticou, porém, o cancelamento do único leilão previsto para o ano passado, gerando insegurança nos investidores.
Ascom Lid./PDT com Ag. Câmara