Por solicitação do pedetista Eduardo Bismarck (CE), a Comissão de Acompanhamento do Ministério da Educação debate, nesta quarta-feira (18), o novo ensino médio e o Programa Itinerários Formativos. Conforme explica Bismarck, aprovado em 2017, o novo ensino médio passa a valer neste ano letivo e irá mudar gradativamente o ensino em escolas públicas e privadas do país.
Segundo esclarece o deputado, dentre as mudanças, destacam-se o aumento de horas letivas anuais e modificações na grade curricular, com implantação dos itinerários formativos. Ademais, as redes escolares terão de oferecer um “projeto de vida” que oriente o aluno a compreender o que ele quer para o futuro, ao mesmo tempo que entende como a escola pode ajudá-lo a alcançar esse objetivo.
O aumento da jornada escolar diária do ensino médio destina-se à oferta de horas para as aprendizagens comuns e obrigatórias, e para os itinerários formativos, acrescenta Bismarck. “Contudo, relatório produzido por esta Comissão apontou graves problemas acerca do investimento do Ministério da Educação no Novo Ensino Médio”, ressalta.
Dentre as dificuldades o parlamentar destaca que “alguns estados avançaram, porém muitos ficaram aquém quanto à elaboração do novo currículo do ensino médio, à construção e divulgação de suas matrizes curriculares e à elaboração das normativas para a implementação”. A elaboração de planos de implantação de qualidade e a preparação concernente à formação docente, materiais didáticos e avaliações também deixam a desejar, conforme afirma.
Outro problema apontado por Eduardo Bismarck diz respeito aos alunos que ingressarão no 1º ano do ensino médio em 2022 depois de ficaram sem aulas presenciais durante todo o 8º ano do ensino fundamental e em boa parte do 9º ano. “Haverá defasagens na aprendizagem que precisarão ser enfrentadas, porém o MEC não implementou uma política pública de recuperação das lacunas”.
Embora em julho de 2021 o MEC tenha iniciado o 2º ciclo de Coordenação Nacional de Implementação do Novo Ensino Médio, de acordo com Bismarck, o Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio atende somente 4.117 escolas e quase 2 milhões de alunos. Para ele, “estes números são insuficientes uma vez que temos 20.500 escolas públicas e 6,6 milhões de alunos de ensino médio nestas escolas”.
Convidados:
– presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Bruno Eizerik;
– representante do Ministério da Educação;
– representante do Conselho Nacional de Educação (CNE);
– representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed);
– representante da Secretaria de Educação do Estado do Ceará;
– representante da Organização Itaú Educação e Trabalho; e
Plenário 13, às 14 horas