Em audiência pública com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, no dia 24 na Comissão de Cultura, o deputado Chico D’Angelo (PDT-RJ) questionou sobre os critérios técnicos utilizados pelo governo para reduzir o financiamento da cultura. D’Angelo quis saber, por exemplo, por que passou de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão o valor máximo a ser concedido a projetos culturais com base na Lei Rouanet. No atual governo, a pasta da Cidadania absorveu o Ministério da Cultura.
De acordo com o parlamentar, como as empresas estatais também estão cortando as verbas para patrocínio cultural, “vai haver um apagão, principalmente do audiovisual”. O deputado ressaltou que os prejuízos com essa política serão, inclusive, econômicos. Segundo ele, estudo do ano passado, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, mostrou que para cada R$ 1 aplicado pela Lei Rouanet há retorno de R$ 1,58. Além disso, acrescentou, “hoje só o audiovisual emprega mais de 300 mil pessoas, mais que a indústria automobilística”.