André Figueiredo defende fortalecimento da Câmara em sua campanha à presidência da Casa

André Figueiredo defende fortalecimento da Câmara em sua campanha à presidência da Casa

Candidato à presidência da Câmara pelo PDT, o deputado cearense André Figueiredo apresentou,  em entrevista ao “PDT na Câmara”, os principais pontos de sua campanha ao cargo. O parlamentar representa  uma opção viável de oposição aos candidatos da base do governo. André defende,  acima de tudo, um mandato voltado à valorização do Poder Legislativo Federal: “O trabalho da Câmara está desvalorizado e isso não pode continuar. Eu quero ter uma relação respeitosa com o presidente Michel Temer, que já foi presidente da Câmara e sabe agir com o Legislativo sem colocar a faca no pescoço. É isso que eu quero dele. Pretendo dar à Casa a chance de discutir as propostas vindas do Executivo antes de votá-las.”

O parlamentar  expressou ainda certa frustração com o PT e o PC do B, que cogitam  apoiar candidaturas governistas à Presidência da Câmara em troca de cargos na mesa diretora: “O PT e o PC do B vão  trocar a princípios por cargos na mesa. Além de frustrante, vejo como  o esfacelamento da história do PT. Eu inicialmente não pensava em concorrer, mas apelos de dentro do próprio PT e do PC do B e de outros partidos da oposição me convenceram da viabilidade dessa candidatura.” André acredita, ainda,  que o papel dele na coordenação dos trabalhos da Casa seja o de pautar temas de interesse da população, como a reforma tributária: “A reforma tributária é uma necessidade do Brasil, para desafogar a economia. Nesse sentido,  acredito que temos que tributar quem ganha muito. É um tema que devemos discutir com muita atenção e calma.” Outro tema que André acredita que exigirá uma exaustiva discussão é a reforma trabalhista: “Não queremos aprovar de afogadilho o texto oriundo do Executivo. Temos de cuidar para que os trabalhadores e as gerações futuras não sejam prejudicados.” Mesmo raciocínio se aplica à reforma previdenciária. O parlamentar entende que é necessário estudar outras formas de financiamento da Previdência e discutir pontos como a idade mínima e o tempo mínimo de contribuição para aposentar: “Sob os ombros da Câmara dos Deputados estará esse complexo debate, que demandará tempo e estudo. Não dá para votar uma pauta, nos moldes propostos e com impactos para gerações, assim de forma acelerada como prevê o atual governo. Reformas não podem ser pautadas para retroceder em direitos.”

Finalmente,  André se mostrou taxativo em relação à anistia do Caixa Dois: “Não é meu projeto. Não queremos corroborar anistia a qualquer tipo de crime.”

Ascom/Lid.PDT

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