Reforma da previdência: Militares pressionam e Temer reconhece compromisso

Reforma da previdência: Militares pressionam e Temer reconhece compromisso

A ação coordenada dos policiais e bombeiros por meio dos parlamentares, entidades de classe e comandos foi decisiva para que o presidente da República Michel Temer reconhecesse a necessidade de cumprir a promessa de não mexer na previdência dos policiais e bombeiros militares
Além de ter remetido um novo texto da PEC, o presidente se comprometeu em, efetivamente, retornar os militares ao “status quo” da Constituição atual, ou seja, que a previdência dos militares federais e estaduais será tratada em lei especifica. Mas, ainda não está tudo resolvido. O texto ainda contém perdas e Temer se comprometeu em acatar as alterações, a partir das emendas que forem apresentadas.

Para o deputado Subtenente Gonzaga, neste episódio, “houve traição”. “Ou o presidente Michel Temer traiu os militares ou seus auxiliares o traíram. Só não houve traição entre os militares: poucas vezes se viu tanta união e articulação entre praças e oficiais, e, entre representações de Classe e comando,e  parlamentares federais. Aliás, essa união foi que permitiu uma preparação para esse momento.”

Segundo Gonzaga, o texto inicialmente enviado impunha passagem para a inatividade aos 65 anos, fim da paridade e integralidade entre ativos e inativos, fim da paridade das pensionistas (caso de Minas Gerais), fim do regime próprio de previdência, aposentadoria pelo teto do regime geral de previdência, entre outros direitos, até o momento, garantidos. Gonzaga entende que os embates em torno da previdência dos militares serão difíceis, mas assegurou aos policiais e bombeiros militares que vai continuar trabalhando pela defesa dos direitos deles: “Enquanto não for aprovada em definitivo essa reforma, que deve ocorrer somente daqui a seis meses, não podemos arrefecer nossa pressão. Há muitos e poderosos inimigos nossos instalados no Poder Executivo, Federal e Estadual, no Congresso Nacional e no mercado. Também inimigos muito poderosos são os governadores dos estados, que estão pressionando o presidente Temer e irão, com suas bancadas estaduais, pressionar o Congresso Nacional. Não podemos baixar guarda nesta luta. Dia 14 de dezembro será realizado um grande ato de repúdio a essa agressão sofrida.”

Ascom/Lid. PDT